Hormônios do Bem Estar!

Hormônios do Bem Estar!

Os dias atuais tem nos forçado a grandes mudanças e adaptações rápidas. No meio disso tudo está nosso bem estar, e realmente as vezes fica difícil equilibrar tudo isso. Mas entendendo como a bioquímica do nosso cérebro funciona, podemos intervir e dar uma mão para que nosso cérebro ande na direção do bem estar.

Para entender isso, precisamos entender um pouco sobre os neurotransmissores envolvidos nesse processo. Vamos a eles:

Endorfina: 

A endorfina, como seu nome sugere, endo – interna, morfina – analésgico, é um analgésico natural, produzido no seu cérebro, que ao ser liberado, provoca uma sensação de bem estar e conforto, melhorando o humor e a alegria. Estudos recentes apontam que a endorfina pode ter um efeito sobre áreas cerebrais responsáveis pela modulação da dor. Por essa razão, diversos recursos utilizados nos tratamentos e reabilitação de dores e lesões realizados pela fisioterapia, um exemplo a TENS (Eletroestimulação Estimulação Neural Transcutânea), se baseiam na liberação de endorfina para a promoção de analgesia (melhora da dor). Provavelmente parte da capacidade da acupuntura em aliviar a dor seja devida ao estímulo da liberação de endorfinas. Uma vez estimulados pelas agulhas nos terminais nervosos (“pontos”) é gerado um impulso para aumentar a liberação de neurotransmissores no complexo supressor de dor, ou seja, é produzido o efeito analgésico na região cerebral. Além disso, ocorre liberação de endorfina no local inflamado. 

Dopamina

A dopamina é outro neurotransmissor que desempenha vários papéis no complexo do ser humano. Um deles é o da motivação a recompensa.A maioria das recompensas aumentam o nível de dopamina no cérebro, e muitas drogas viciantes aumentam a atividade neuronal da dopamina, assim como o exercício físico, ela tem duração de 10 minutos, e 80% dela é eliminada pela urina em 24h. Os neurotransmissores dessa família atuam no sistema nervoso central (SNC), modulando as funções de neurotransmissão relacionadas, por exemplo, às emoções, à atenção, ao aprendizado e ao sono. 

Uma das principais características da dopamina está em sua ação no chamado sistema de recompensa. Ao realizar determinadas atividades, como beber quando se tem sede, a área tegmental do cérebro recebe os estímulos e ocorre a liberação de dopamina em determinadas regiões do cérebro, dando a sensação de prazer.

Outras regiões do cérebro, como o nucleus accumbens, também são estimuladas. Assim, esse sistema atua no aprendizado, na motivação e no reforço positivo para as atividades que garantem a manutenção da vida e da espécie.

Serotonina

A serotonina atua regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade e funções cognitivas e, por isso, quando se encontra numa baixa concentração, pode causar mau humor, dificuldade para dormir, ansiedade ou mesmo depressão.  A serotonina também se encontra em vários cogumelos e plantas, incluindo frutas e vegetais. Acredita-se que a serotonina representa um papel importante no sistema nervoso central como neurotransmissor na inibição da ira, agressão, temperatura corporal, humor, sono, vômito e apetite.

Estas inibições estão diretamente relacionadas com os sintomas da depressão. Adicionalmente, a serotonina é também um mediador periférico de sinal. Por exemplo, a serotonina encontra-se abundantemente no trato gastrointestinal (aproximadamente 90%) e o seu local de armazenamento principal são as plaquetas na circulação sanguínea.

Aceticolina

Esse é outro neurotransmissor que também tem uma ligação direta com áreas de descanso, regulagem da memória e também a estabilidade emocional. Quando ele é descarregado no organismo, há uma grande sensação de leveza e alegria. Curiosidade, esse foi o primeiro neurotransmissor descoberto.

Esse hormônio atua em diversas partes do corpo como um mensageiro entre as células nervosas, sendo que seus principais efeitos são no sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema respiratório, sistema muscular e no cérebro. 

Ocitocina

Esse é o famoso hormônio do amor. Ele é considerado o responsável por aquela sensação de quando estamos apaixonados, com borboletas no estômago. Além disso, essa substância também é capaz de proporcionar mais autoestima e melhorar a conexão com as pessoas.

Ocitocina, oxitocina, o “hormônio do amor”, é um neurotransmissor natural produzido pelo hipotálamo no cérebro. Ele é expelido principalmente durante o parto, sexo e amamentação. Mas também está envolvido em outras situações nas quais são produzidas sensações de carinho e afeto, como ao acariciar um animal de estimação, abraçar amigos ou companheiros.

A ocitocina promove confiança, empatia, memórias positivas, estabilização emocional, bem estar, relaxamento, comunicação não-violenta e produção de leite, em caso de lactação.

Como esses hormônios são liberados no corpo?

Bom, é claro que existe um processo químico específico para a liberação dessas substâncias. É muito mais fácil contar com todos os seus benefícios quando o corpo está propício para recebê-las. Para liberar esse tipo de hormônio e neurotransmissor, confira algumas dicas:

  • Pratique atividades físicas regularmente. Quando você faz algum treino ou esporte em geral, você libera mais facilmente esse tipo de substâncias que promovem a felicidade s;
  • Desenvolva hobbies e atividades que lhe permitam ser feliz. É muito importante que você tenha passatempos benéficos, que tragam sensação de bem-estar na medida em você os realize;
  • Cultive boas relações em sua vida social. Muitas pessoas recarregam suas energias em contato com indivíduos que são de bem com a vida e tem alto-astral. Isso também é fundamental para liberar hormônios que fazem bem para você;
  • Ao mesmo tempo, respeite seu próprio tempo quando quiser e precisar ficar sozinho. Às vezes todos precisam de um tempo para conseguir recuperar as energias e assim liberar substâncias benéficas em seu organismo.

Joao Siqueira

João é professor de Educação Física, Especialista em Neurociência e Psicologia Positiva, além de fundador, diretor criativo e sócio da Run.

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